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Dificuldade com paternidade?

Foto do escritor: Luana ValadaresLuana Valadares

Essa vai ser a minha história com a paternidade de Deus e do meu pai.

Oro para que o senhor fale com você e te leva a entender a paternidade do Senhor e a vivê-la na sua vida, bem como a paternidade com o seu pai.


Para contextualizar minha história vou começar na minha infância.

Quando eu tinha apenas 2 anos de idade minha mãe e meu pai se divorciaram, e a partir daí eu fui criada pela minha mãe com quase zero de presença do meu pai (a história de muitos hoje). Meu pai nunca foi em uma reunião de escola minha, nunca esteve do meu lado quando eu estava doente, nunca soube de qualquer problema meu de escola e etc.


Tudo isso já é ruim demais, mas muitas vezes também eu marcava de sair com ele, já estava pronta, só esperando ele chegar, e ele não vinha. Eu chorava, sofria, queria presença dele, às vezes queria até mesmo as broncas de um pai e eu nunca tive.


Com tudo isso minha mãe tentou suprir essa falta, porém sabemos que isso não muda o sentimento de tristeza, de abandono e medo que sentimos pela falta de um pai.

Todavia, ao meu nascer minha mãe começou a ir para a igreja. Então, eu nasci e cresci ouvindo de um Deus que é meu pai. Até meus 14 anos eu não entendi muito bem o que isso significava, até que eu começo a ler a Bíblia e entender desse Deus Pai, eu não sei como... só sei que eu lia a Bíblia e sentia algo tão bom no meu coração que isso foi me envolvendo a querer mais.

A partir daí eu comecei a viver coisas incríveis e inesperadas para mim.

Por que inesperadas? Porque eu me tornei - na infância - uma criança muito quieta, medrosa e dependente.

Eu comecei a dançar na igreja, a levar palavras quase sempre em células, ajudar em projetos, até que um dia eu fui chamada para pregar (e para quem conhece o funcionamento de igreja batista sabe que isso é raridade porque é sempre um pastor local ou preletor de fora que leva a palavra e nunca uma jovem).

Com 17 anos, em um culto de domingo, DIA DOS PAIS, pela manhã, eu falei de paternidade sem nem mesmo ter a visão de pai biológico.

Nessa palavra eu comecei a falar para pessoas que tinham pai, mas falei também para quem não tinha - mostrando a paternidade de Deus como uma ajuda para elas. Assim, falando de tudo que eu havia buscado em Deus.

OBS. meu pai não estava lá.


Nessa minha caminhada lendo a bíblia, pela primeira vez eu tive um pai que me ensinou, que me corrigiu. E, muitas vezes, eu li versículos e parei para pensar o quanto era difícil mudar e enxergar as coisas erradas que eu fazia, eu ia lendo e pedindo a Deus discernimento e força para mudar e ele sempre me dava.


Me lembro que nas vezes em que minha mãe ficava nervosa e brigava comigo eu ia correndo para o quarto e falava tudo para Deus. Então, eu chorava com ele e pedia ajuda a ele, logo a minha angústia passava, eu conseguia até abraçar minha mãe depois e dizer que amava ela. Eu não tinha consciência de tudo isso, mas assim Deus se tornou meu pai, porque em tudo eu buscava proteção dele e refúgio... e esse é o papel do verdadeiro pai.

Tudo que eu nunca tive.. eu encontrei no Senhor!

Porém, eu ainda sentia a tristeza pela falta do meu pai, pelas atitudes dele e etc. Então, comecei a orar.

Após um tempo uma pessoa me deu uma palavra profética de que eu estava recebendo "cura de paternidade", essa pessoa nunca havia me visto, eu conheci em uma live que um amigo (que não conhecia minha história) me convidou.


Enfim, eu comecei a enxergar meu pai com mais misericórdia e com o tempo fui querendo me aproximar dele, vi que ele não se arrepende pelas atitudes dele (fiquei com muita raiva disso), mas aprendi a perdoar e a amá-lo como Jesus me amou, mesmo com os erros dele... eu aprendi a direcionar meu amor para que eu não me frustrasse de novo. Logo, eu busquei olhar para ele como alguém que tinha dificuldade de se relacionar (que era o problema dele mesmo), percebi que ele não cuidava nem dele e também vi que ele tem tentado ser melhor com os meus irmãos (que foi algo que coloquei em oração também).

Olhar por essa ótica não me fez ficar menos triste pelo que vivi, mas me fez ficar mais feliz pelo que posso viver se eu perdoar e ressignificar minha história.

Se eu olhar para ele com o mesmo olhar que Cristo tem para mim eu consigo ver os medos, as frustrações e as confusões na mente dele impedindo de ele ser o pai que eu queria ter, porém não me impedindo de me aproximar dele hoje e viver novas experiências com ele que podem colocar dias alegres por cima das lembranças dos dias tristes e ruins.


Hoje, eu tenho 1 pai que é Deus, 1 pai biológico que vejo as vezes, converso por mensageme, vejo que se importa comigo hoje. Também tenho 1 tio/pai, que é o pai da minha irmã, que me criou, me ajudou, me sustentou, me levou para passear e até hoje é presente na minha vida.


Minha conclusão é: por mais difícil que seja lidar com as frustrações, tristezas, angústias e etc, há um caminho de transformação para tudo isso que só o Senhor pode nos dar.

Para encontrar esse amor que perdoa mesmo ainda sentindo dor nós precisamos de Cristo, porque Ele nos da referência do que é o amor.

É baseado no amor de Cristo que devemos escolher amar a quem nos feriu. Por mais que eu sentisse tristeza, eu não parei de falar com meu pai. Eu sempre atendi suas ligações/mensagens. E, quando eu me senti bem, mudei com ele e passei a procurá-lo mais e querer ter proximidade com ele.


Às vezes nós precisamos abrir mão da nossa RAZÃO.

Por mais que ele fosse o errado, eu conheço e fui alcançada pelo amor de Cristo verdadeiramente.

É minha missão ter a humildade de Cristo e dar o primeiro passo!

Que possamos ter coragem de amar quem nos feriu, porque amar quem nos ama é fácil.


Que o Senhor te abençoe!

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